quarta-feira, 28 de abril de 2010

Bristol, Banksy e os Efterklang

Adoro Bristol porque:

1) não é muito grande, mas tem personalidade de cidade grande
2) é lindíssima
3) criou os Massive Attack, os Portishead (de Portishead, lá perto), o Tricky, o Roni Size, etc
4) está cheia de altos e baixos e cantos incríveis
5) as pessoas têm boa cara, e todas têm ar de pertencerem a bandas
6) há mil e um 'venues' e há sempre concertos excelentes
7) tem imensas minúsculas lojas de discos
8) caminha-se pelas ruas e dá-se de caras com Banksys verdadeiros, intactos, porque em Bristol respeita-se a streetart (vi pela primeira vez, ao vivo e inesperadamente 2)
10) cheira-me que é o pedaço de Great Britain no qual deve dar um orgulho imenso viver

Ontem fui lá ver os Efterklang. Vindos da remota Dinamarca, deram um concerto épico, super envolvente e 'up lifting', numa sala a abarrotar de pessoas que adoravam a banda. Convocada para tocar com eles na formação estava a menina Heather Woods Broderick, que tem uma voz de arrepiar. Os Slaraffenland fizeram a primeira parte e também impressionaram ao vivo.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O momento burocrático

Todos os anos, há um particular momento que parece que tudo o que é vicissitude burocrática se junta, e de repente há uma série de papelada, prazos, emails, telefonemas e formulários para resolver. É incrivel e nunca consigo perceber porque é que tudo tem de ser tratado na mesma altura. São dias em que me dá um nervoso miudinho no estômago e até me dá para acordar antes da hora, só pelo simples facto de haver algo pendente. É chato, arrasta-se, nunca sei onde estão as passwords, ou a quem é que pergunto aquela coisa, e à minha volta o espaço fica povoado de post-its. Este ano, para tornar as coisas ainda mais difíceis, qual equilibrista de circo que carrega uma pilha de pratos na cabeça enquanto caminha pela corda, estou a viver o meu momento burocrático a uns valentes quilómetros de distância, noutro país. Hmmpf.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Let's do it!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A piece of advice

sábado, 3 de abril de 2010

Em Janeiro, Fevereiro, Março (e Abril), concertos mil!

She Keeps Bees (12/02/10 @ Cardiff Arts Institute) - Num dos meus sítios preferidos em Cardiff (que acho que um dia terei de fazer um post só sobre este sítio) acontecem amiúde concertos à borla, de bandas locais e não só. Os She Keeps Bees são uma dupla de Brooklyn, NY, e ela tem a voz que é uma mistura de Cat Power com Jefferson Airplane e é fabulosa. A música anda à volta do blues com rock dos 90 e coisas mais folk. Resulta muito bem.



Vampire Weekend (14/02/10 @ HMV Picture House, Edinburgh) - No dia dos namorados, nada melhor do que rentabilizar o passeio à Escócia e combater a piroseira do dia com o concerto dos Vampire Weekend, na tour de apresentação do novo álbum Contra. O concerto foi absolutamente divertido, uma hora e meia de pândega. O momento alto, esse, foi a meia luz, vermelha, ao som da Stand by Me, versão música-de-elevador, e com o Ezra a sussurrar conselhos de amor, para os solitários ou para os bem-acompanhados. Fica aqui o único registo que encontrei no youtube deste belo momento que nos foi certeiro ao coração!



Hjaltalín + Dry the River (09/03/10 @ Norwegian Church, Cardiff) - Esta banda vem da Islândia e tem um nome impronunciável. O concerto deles foi muito interessante, em especial a conjugação de guitarra/baixo/bateria com violino e uma espécie de oboé, que acabam por misturar rock/folk com música de câmara. A banda de abertura, os Dry the River, foram excepcionais. Têm apenas um home-made EP que por umas míseras 3£ já cá está na prateleira dos discos. Melhor de tudo, mas o melhor assim a milhas, foi o local onde tudo se passou: uma antiga igreja construída na baía de Cardiff para os pescadores noruegueses que por cá passavam. Agora é um bar e sala de eventos. Muito provavelmente um dos melhores sítios onde já vi um concerto.



The Hidden Cameras (22/03/10 @The Gate, Cardiff) - Os Hidden Cameras são tão bons, que não mereciam a falta de profissionalismo desta sala de espectáculos que, tendo apenas arranjado condições para o check-sound tarde e a más horas, cortou abruptamente o som durante a última música do concerto, uma vez que só tinham licença de ruído até às 11 da noite. Culpa da organização, quem sofreu foi a banda, que mesmo sem amplificação tocou a música até ao fim, como bons profissionais que são, e o público, que teve que levar com a desorganização toda do evento. Daquilo que tocaram, foi fantástico. No final, estivemos à conversa com o vocalista e compositor Joel Gibb, que disse que gostava mesmo era de ir tocar a Portugal.
Neste dia não se ouviu esta, que é o grande single do novo álbum:



Owen Pallett (25/03/10 @ Millenium Hall, Cardiff) - Cada vez mais admiro este senhor. O álbum novo dele Heartland anda colado aos meus ouvidos, em especial esta. Não me canso. O concerto foi pura hipnose, do início ao fim. Um dos momentos altos: a divertida versão da Fantasy, da Mariah Carey, com um elogio aos peitos da senhora. (Um momento escolhido a dedo para a Carlinha Pandinha, que me veio visitar ao reino, e esteve comigo neste concerto). Ora vejam aqui: