quarta-feira, 23 de julho de 2008

Kings of Convenience, ou a epifania #2 de Julho


Como praticamente todos os leitores deste blog estiveram ontem na Casa da Música a ver os Kings of Convenience, não preciso de contar o quão espectacular foi o concerto. Mas não posso deixar de dizer que ontem me apercebi de uma daquelas "verdades para a vida" (sim, Sílvio, é provável que tenha sido uma epifania.... outra!).

É que o melhor de ir a concertos deste género é pensar que, durante 2 horas ou mais, estás na mesma sala que algumas das tuas pessoas preferidas no mundo, que essas pessoas estão estão a provar-te porque é que gostas tanto delas, numa relação tão simples e tão despretensiosa que é de "nós tocamos e tu aplaudes, ou não". Passas alguns anos a ouvir os álbuns, a ver videos no youtube, quando finalmente reparas que agora estão ali, à tua frente, sem se colocarem num altar, sem acharem que são mais que tu... Num encontro que tu marcaste com eles e vice-versa. Não é preciso saber nada sobre a vida pessoal deles, não é preciso saber se eles são boas pessoas ou não. Basta que toquem bem, que se esforcem por dar o melhor.

Depois pensas "onde é que estou neste momento? ah, estou no mesmo lugar que o Erlend Oye (por exemplo) e ele está a tocar para mim, e eu estou a adorar!", e dou-me conta que não queria estar em mais lado nenhum no mundo, naquele momento.


(E no final do concerto tivemos que dizer ao Erlend que não dava para ir prós copos porque amanhã é dia de trabalho...)

4 comentários:

franksy! disse...

foi tão, tão, tão superador de expectativas...

foi tão bonito! foi tão bom!


também não queria estar em mais lado nenhum do mundo!

franksy! disse...

esta imagem é quando o erlende oye estava a contar a sua reacção ao ver a cidade do porto do lado de gaia!!!

Hawaiian PinUp Girl disse...

tu que estiveste também no concerto de cascais diz-me por favor que no porto foi melhor!!

até porque eu e a carlinha cá fora tirámos uma fotografia com o erlend!!

franksy! disse...

No Porto foi consideravelmente diferente e foi, sem dúvida, melhor!

Em cascais a acústica não era tão boa – estávamos ao ar livre, as pessoas estavam todas a fumar e a conversar entre si... para além de ter de ouvir coisas como “acho que eles têm quatro álbuns...”, criava um burburinho incómodo, ao ponto do erlend oye – com toda a graciosidade e bom humor que lhe compete – pedir um par de vezes silêncio ao público!

Por outro lado, o público – que era muito menor e estava muito mais concentrado – foi mais participativo e efusivo!

Houve menos músicas porque o Erlend se entusiasmou e estragou a guitarra, mas houve mais improvisos...

só houve um encore, mas também com direito ao corcovado!

No final também se misturaram com o povo e acabei, por arrasto, por também tirar uma foto com o erlend! Os meus cds é que ficaram por autografar... mas àqueles dois nós perdoamos tudo! ;)