segunda-feira, 27 de julho de 2009

Em histeria

O que vou fazer no dia 5 de Março de 2010.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Dias da tv

Desde há uns tempos que se forma no meu estômago uma azia enorme, quando chego todos os dias ao trabalho e vejo no lcd da entrada os programas da manhã dos canais portugueses. Nem me quero dar ao trabalho de pensar no conteúdo desses programas, nem sei de que é que se fala durante manhãs e tardes inteiras, nem me interessa saber qual a terrinha contemplada do dia. O que me tem afectado o estômago é mesmo o infinito tempo de antena que se dá às Jessicas, às Romanas, às Vanessas, aos Vanderleis e o raio, "músicos" de dois acordes e de rimas fáceis e de trocadilhos balofos com palavras tipo "cacete", "apitadelas", ou abordagens mais sócio-antropológicas do género "sou latina, morena orgulhosa, sou latina", ou então letras mais emocionais e psicóticas tipo "ou eu ou ele, escolhe os meus braços ou volta para o teu velho amor". Enfim. Cansa-me , desespera-me. Sei que grande parte desse espólio de artistas surge efectivamente porque estes programas existem. As televisões, aqui, em nada ficam atrás das rádios provincianas que emitem com eco e têm o talho da aldeia como patrocinador do programa mais ouvido. Gosto muito mais dessas rádios, porque pelo menos não enganam ninguém, é aquilo e pronto. Não apregoam valores de qualidade de conteúdos, não citam a excelência nem evocam missão de serviço público.
Esta manhã, depois de uma loira roliça e parola repetir 50 vezes o mesmo refrão, enquanto povo e apresentadores se abanavam freneticamente, o programa mostrou uma reportagem sobre umas termas ali perto. A reportagem era em jeito de postal turístico, mas salvou-me a manhã. De fundo, algum iluminado fez com que se ouvisse a Rebellion (Lies) dos Arcade Fire. Nem achei que aquela música ficasse assim tão bem naquela reportagem, mas percebi que quem a sonorizou também deve andar revoltado, com azia, como eu. No cantinho escuro de uma ilha de montagem, alguém deu o seu grito do ipiranga.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Just (*)




[...]
You do it to yourself, you do
And that's what really hurts
Is that you do it to yourself
Just you and no-one else
You do it to yourself
You do it to yourself
[...]

(*)best video ever, best truth ever.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Tonight's today



Andava a ouvir esta música por aí mas ainda não tinha percebido de quem era. Agora já a "cacei" e gosto dela servida com salada e ice tea caseiro.

domingo, 12 de julho de 2009

Concertos que assisti em NYC

O passeio a NYC foi brutalíssimo, os meus amigos já devem estar cansados de ouvir-me a repetir isto. Uma das razões que tornaram a experiência ainda melhor foram os concertos que tive oportunidade de assistir.

PJ Harvey & John Parish @ Beacon Theatre (09-06-09)




Foi um concerto para malta crescida. Não de idade, mas de gosto musical. A PJ funciona lindamente com a banda, com o Parish. Estava solta e saltitante, cantou estupendamente. O espaço é magnífico. Talha dourada e arte déco. Nós estivemos lá em cima, em lugares impróprios para fobias das alturas, mas ainda assim, fabuloso.
Aqui fica a Black hearted love, single do novo álbum e uma das minhas favoritas (e do Miguelzinho também, já que sorriu contente no meu colo quando a ouvimos tocar na Rum um destes dias... dançámos enquanto eu cantava dramaticamente usando o pézito dele como microfone... foi o delírio aos 6 meses de idade!)

The Decemberists @ Radio City Music Hall (10-06-09)



Acho que até me dava uma coisinha má se não fosse ao Radio City Music Hall ver uma coisa qualquer que lá se passasse. Por sorte, apanhámos o CONCERTÃO dos Decemberists, que em Portugal são pouco conhecidos mas que nos States... are huge! Agora, o último álbum deles anda em loop no meu carro. A Rakes's Song já é um épico.

Sunset Rubdown @ Studio B, Brooklyn (12-06-09)


Este concerto merece dois videos. Nos dois até apareço! este primeiro (fica só em link porque é muito grande para estar aqui) sou a carinha encostada à coluna (sim, sou fraquinha de pernas, tenho de me encostar!), e atrás da funky groupie de fita na cabeça (estou mesmo minúscula, mas sei que sou eu).



Este video é da Silvermoon, a faixa que abre o novo álbum Dragonslayer, e se olharem a plateia, vêem-me de branco, a curtir a musiquinha. Neste concerto conheci o obscuro e tarado mundo das groupies. Fiquei um bocado chocada. Não sabia que a cena indie canadiana também arrastava este tipo de fãs. Se calhar era por ser em NYC. Ou se calhar há tolos para tudo.
Mas a qualidade do concerto valeu por estes episódios mais tristes (que no fundo até são bem cómicos). O Spencer Krug estava um bocado resmungão porque estava a queixar-se da qualidade do som do micro dele. Mas fora isso, tocaram lindamente e as músicas novas são fantásticas. Comprei o novo álbum antes dele efectivamente estar à venda nas lojas. Gosto particularmente da Idiot's Heart. No fundo, este ano ando a ver os Wolf Parade às postas. (quando é que vou ver Wolf Parade mesmo???)

Recomenda-se também as bandas de abertura, também de Montréal: the Witches e Elfin Saddle.

Estes foram os concertos que planeámos ir com alguma antecipação. Também tínhamos bilhetes para os Metric no Terminal5, mas os senhores do avião decidiram ir umas horas mais cedo para casa e tivemos que faltar ao concerto. Fomos também ao The Stone, o Bar do John Zorn e ao 55, onde apanhámos um concerto de jazz-conceptual-minimal-trágico (demasiado trágico para o meu gosto).

O que fazer quando não se tem nada para fazer

Hubei, China: Stylists trim the hair of a poodle at a pet dogs service shop in WuhanPhotograph: AP

sábado, 11 de julho de 2009

O "venue" inesquecível


A Pitchfork publicou uma entrevista muito engraçada com os Sunset Rubdown. É daquelas tipo: sitio preferido, álbum da tua vida, etc. Na pergunta "Favourite Venue", a senhorita Camilla Wynne Ingr, virtuosa e cómica senhora dos teclados, repondeu: "There are so many great places, but I have really fond memories of Galeria Zé Dos Bois in Lisbon. They were so nice to us. We practically moved in."

Cool, ha?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sex and the City


Dizem que acontece às pessoas quando voltam de NYC: dar-lhes uma vontade súbita de rever o Sex and the City. Aconteceu-me isso não só com a série, mas com uma data de filmes que sei que se passam na big apple (incluíndo o Sozinho em Casa). Portanto andei nos últimos tempos a ver uns 4 episódios por dia, ou mais, até ontem, que acabei a sexta série. É diferente rever isto de uma assentada, agora que dá para perceber as referências todas que elas fazem a NYC, entender que os sítios onde moram condizem com as personalidades, os restaurantes, os hábitos, o fascínio pela cidade.