sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Teoria da "Esticadela Australiana"

Passo a explicar. Por entre as minhas guitarrinhas indies com violinos à mistura, anda a acentuar-se aqui nas minhas colunas uma corrente musical que deriva de duas tendências:

a) o regresso em força da dance que provoca grandes esticadelas

b) o boom das bandas australianas

a primeira alínea deve-se ao facto de ter passado uma estrondosa hora e meia a assistir ao fabuloso concerto dos Chemical Brothers no Sudoeste. Junte-se a esse factor a permanência e a insistência em voltar a ouvir: Daft Punk, Hot Chip, Booka Shade, Simian Mobile Disco, Fisherspooner, Digitalism, Justice, entre outras, e a descobrir Boys Noize, Riot in Belgium, etc.

A segunda tendência deve-se ao aparecimento na minha vidinha de bandas vindas do outro lado do mundo, aka Austrália. E bem boas que elas são! tipo Cut Copy (uma actuação também bem jeitosa na Zambujeira), Midnight Juggernauts, e outras que refiro abaixo.

Assim sendo, consigo explicar esta minha teoria no esquema seguinte:


Desculpem leitores deste blog, não tenho jeitinho nenhum para mexer no Paint (e valeu-me a ajuda do Dexter do laboratório para esta coisa rupestre) . Mas dá para entender. Ora, regressada a "esticadela", e provindas várias surpresas agradáveis da Austrália, devo anunciar a TEORIA DA ESTICADELA AUSTRALIANA.

Assim, ando maravilhada com coisas australianas que me fazem transpirar, e que se vão situar naquela zona do esquema preenchida num verde duvidoso. Destaco em primeiríssimo lugar The Presets, e depois Muscles, outra vez Cut Copy, Pnau.

Senhores, é isto mesmo. Fica só um cheirinho aqui:

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sessões no Sofá Branco #2



Silmido - Woo-Suk Kan (2003) - Baseado no episódio verídico de Silmido, nos anos sessenta, na Coreia do Sul. A história é fantástica e o filme vale por isso. É um filme cheio de testosterona, pessoalmente não é aquilo que mais gosto. Mas parece-me o argumento perfeito para ser adaptado pela ocidentalidade e espectacularidade de Hollywood.

Sessões no Sofá Branco #1


Love and Death (1975) - Não é dos melhores do Woody Allen, na verdade até tem umas tiradas de humor bem previsível e quase infantil, mas sabe sempre bem. O melhor: Diane Keaton muito nova e os diálogos fantásticos sobre o amor.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Koyaanisqatsi

Koyaanisqatsi - Life Out of Balance, de Godfrey Reggio (1982)


É o primeiro da trilogia Qatsi. Os seguintes, Powaqqatsi (1998) e Naqoyqatsi (2002), estão prometidos pelo amigo cinéfilo E. Depois vem o Baraka.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cinema numa noite de Verão

Filmes que vi nos dois últimos serões (*):


Em português "O ABC do Amor". Já tinha visto antes, mas há tanto tanto tempo, que ainda nem era capaz de fazer uma pequena ideia do significado de palavras como "ejaculação". Assim sendo, era altura de revê-lo. Por falar em ejaculação, o último episódio vale pelo filme todo. Esplêndido!



Senhores críticos, deixem-se de tretas. Este filme é um FILMÃO. Kirsten Dunst fabulosa. Jason Schwarztman sublime. Em grande: realização, fotografia e banda sonora.

(*) sponsored by Carlinha Panda. Love you.

Outfoxed

Mais uma para acrescentar à eficácia do lápis azul da Fox. A guerra na Geórgia de acordo com a tv do império.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O Micra está doente!

...mas será operado e deve receber alta ainda esta tarde.

(entretanto a dona anda apeada...)

domingo, 17 de agosto de 2008

1 semana = 2 livros

E férias também significa andar para todo lado com um livro na mão e ler bocadinhos em todas as oportunidades. Encher as páginas de areia e cheiro a protector solar. Irritar os que me rodeiam com ausências fisicamente presentes! E assim foi, esta semana, onde consegui dar cabo de dois livros:


Trainspotting - Irvine Welsh (Relógio d'água) - o filme de Danny Boyle é um dos filmes da minha vida, sem dúvida, por todas as razões. O livro é igualmente viciante, com episódios que, naturalmente, não estão incluídos no filme. Ao início custou adaptar-me a tanto palavrão, não que me choque, mas porque a tradução portuguesa não tem tanto encanto, certamente, como o praguejar escocês original. Ainda assim, gerou em mim quatro vontades básicas: ouvir mais Iggy Pop, ver filmes do Van Damme, conhecer Edimburgo, e ler o Porno, que é a continuação do Trainspotting. A foto acima é de uma versão em inglês, não consegui encontrar fotos decentes da edição portuguesa, que tem a capa muito semelhante. Sim, tive um prazer imenso em passear o Ewan McGregor debaixo do braço por uns dias.


Travessia de Verão - Truman Capote (Dom Quixote) - Este livro é uma publicação póstuma de um manuscrito que ficou esquecido durante a mudança de casa de Capote num caixote que o porteiro guardou por achar que seria importante, mesmo depois de receber ordens do escritor para deitar tudo ao lixo. Não se sabe se esta seria a versão definitiva do romance, provavelmente não, porque de outra forma não seria desprezado por Capote. Ainda assim é um livro interessante, obviamente aquém do Breackfast at Tiffany's, que tanto adoro. Mas lembra-me que ando a adiar inexplicavelmente a leitura do In Cold Blood.

sábado, 16 de agosto de 2008

Um sinhor


Não faz mal sr. Obikwelu. Não é preciso pedir desculpas. Já fez muito por nós. Para além de ter ensinado nesta pachorrenta tarde de Agosto coisas que muitos de nós portugueses, de molho nos algarves, não sabemos muito bem... como ser humilde e como assumir o fracasso sem desculpas esfarrapadas e sem evocar a virgem maria. Gostamos de si na mesma. Obrigada nós!

Little Miss Sunshine

A gerência do blog ainda está de férias, mas agora que há acesso a um computador, espero lembrar-me das coisinhas todas que estão em post-its imaginários na minha cabeça.

domingo, 3 de agosto de 2008

Eu vi dEUS.


Que me lembre foi a 4ªvez. Foi tão extraordinário que foi quase religioso. Os dEUS são uma banda que cresceu comigo, que me faz lembrar a Braga onde cresci e onde, ainda hoje, há um culto inexplicável à banda e seus aos projectos paralelos que não encontrei na personalidade de mais cidade nenhuma.
A noite passada, em Paredes de Coura, os dEUS apostaram fortemente em temas do novo álbum. Nada contra, tudo a favor. A Slow entrou, potente, e impôs-se rapidamente. A seguir foi a Instant Street que deu vontade de dançar como no Any Way the Wind Blows. A terceira creio que foi a Fell Off the Floor Man, porque é sempre bom lembrar que you gotta be your own dog.
O resto do alinhamento sabe-o o priminho, que escreveu todo no telemóvel. Mas passou pelos clássicos como Roses, Theme for Turnpipe, ou os novíssimos The Architect e Vanishing of Maria Schneider. Grandes, muito grandes.
No final anunciaram que voltam a Portugal em Outubro. Espero não faltar a esse culto. Ah, e em grande estratégia de marketing, para deixar aquela sensação de vazio no coração e náusea da despedida, fecharam com a Serpentine, uma das músicas mais bonitas do mundo.

Férias de índio


Seguir estes mandamentos. Palavras de ordem destas férias de Verão: tenda, fogueira e cachimbo da paz.